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BREVE HISTÓRICO

      A Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco (FUNDIFRAN) é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), sem fins lucrativos, socioambientalista e cultural que em 2021 completa 50 anos de atuação na região do Médio São Francisco, Sertão da Bahia. É uma instituição social que tem como Missão promover o desenvolvimento integrado e sustentável das comunidades da Bacia do São Francisco, contribuindo com serviços de assessoria e capacitação tecnológica e gerencial, planejamento e pesquisa, no aperfeiçoamento de capacidades das organizações e movimentos sociais, com enfoque na educação ambiental, cultural e de gênero, tendo em vista o exercício da cidadania e a qualidade de vida. As suas ações estão voltadas para as comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, pescadores e povos dos Fundos e Fechos de Pastos), assentados e camponeses. E tem como princípios Agroecologia, Convivência com o Semiárido, Participação Social, Protagonismo das Mulheres e Jovens, Territorialidade, Sustentabilidade e Respeito aos Saberes Locais.
              A FUNDIFRAN foi fundada em 06 de agosto de 1971, na cidade da Barra, BA, período que a população da região sentiu o reflexo do regime militar com os assassinatos de Lamarca e Zequinha Barreto pelos militares. A década de 70, 80 e meados dos anos 90 esta região também foi palco de grandes conflitos de terras e assassinatos de trabalhadores rurais, inclusive do diretor da FUNDIFRAN na época, Sr. Josael de Lima (Jota). A Reforma Agrária e o Sindicalismo Rural Autônomo foram grandes bandeiras da FUNDIFRAN neste período. Os conflitos pela Reforma Agrária de Retiro da Picada (Morpará), Boa Vista do Procópio (Muquém do São Francisco), Riacho dos Porcos (Paratinga) e de resistência pela posse da terra e liberdade para assegurar o seu modo de vida do Quilombo Rio das Rãs (Bom Jesus da Lapa) e das comunidades dos Fundo de Pasto (Oliveira dos Brejinhos e Brotas de Macaúbas), entre tantos outros. Além disso, a Fundação mantinha um importante trabalho na área da saúde preventiva, educação profissional, apoio aos atingidos pelas enchentes do Rio São Francisco, a produção agrícola dos ribeirinhos e agricultores das áreas de sequeiro, por meio dos recursos do “fundo rotativo”. 

              Na década de 90, os movimentos sociais do campo desta região se fortalecem e assumem o seu papel de direção da luta pela terra. No mesmo período, as Organizações de Cooperação Internacional reduziram o seu aporte financeiro para o Brasil, principalmente para o Nordeste. Entretanto, a FUNDIFRAN manteve, dentro de suas possibilidades, o seu apoio aos assentamentos de Reforma Agrária e Agricultores Familiares. No final dos anos 90 a FUNDIFRAN procurou se renovar através de novas bandeiras de lutas: Defesa do Rio São Francisco, Fortalecimento das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar, Convivência com o Semiárido, dando enfoque às questões de Gênero e Geração, Agroecologia, Meio Ambiente e Cultura. Em 1997 lançou a primeira edição da campanha em defesa do Rio São Francisco que mantém firme até o momento. 
             A partir do ano 2000, a FUNDIFRAN manteve o seu trabalho com várias ações a favor dos/as Agricultores familiares, contribuindo para sua inclusão socioprodutiva e cultural. Da mesma forma vem participando dos fóruns de discussões, a exemplo da Articulação do Semiárido (ASA), do Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF), da Coordenação Estadual dos Territórios (CET), da Associação Brasileira de ONG's (ABONG) e dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco e seus afluentes. 
          A parceria tem sido a sua grande estratégia para manter a sua missão na Bacia do rio São Francisco. Tem desenvolvido as suas ações em parcerias com a CODEVASF, MDA, MPA, MINC, BNB, SEMA, SECULT, SJDHDS, SDR (BAHIATER e CAR) e instituições públicas e privadas em nível local. 

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