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A EQUIPE DO PROJETO “ATER MULHER” DA FUNDIFRAN REALIZOU IMPORTANTE ENCONTRO COM O GRUPO JOCA SABORES


Foi realizado no mês de julho, um encontro coletivo com as mulheres do Grupo Joca Sabores, do Assentamento Manoel Dias – Muquém do São Francisco – BA. Essa atividade fez parte das ações planejadas pela equipe ATER Mulher FUNDIFRAN (ATER SDR/BAHIATER n. 002/2018 – Contrato n. 019/2019), e teve como principal objetivo realizar o Diagnóstico Comunitário, com intuito de apontar as potencialidades, entraves e desafios do grupo de produção e identificar o trabalho das mulheres e sua participação em todo o processo produtivo nos agrossistemas, as suas dificuldades e demandas específicas.

Para Sandra Santos, Pedagoga e Coordenadora Geral do Projeto, “a construção da atividade buscou considerar as dimensões socioculturais, econômicas e ambientais, com olhar atento para a compreensão reflexiva dos agrossistemas de produção para autoconsumo alimentar e na geração de renda, no beneficiamento da produção, acesso a mercados, gestão de empreendimentos, uso e conservação dos recursos naturais, educação, saúde e infraestrutura das comunidades envolvidas”.

O diagnóstico, também, é uma atividade de autorreconhecimento, onde a partir do resgate da história da comunidade, as beneficiárias envolvidas se reencontram nos relatos e se percebem como integrantes ativas do processo de organização da comunidade e do grupo. Com o Grupo Joca Sabores foram trabalhadas ferramentas de percepção da realidade por meio de trabalho em grupo, onde as participantes construíram: a) O Mapa da Comunidade, trazendo elementos reais e apresentando os sonhos de transformação do seu território; b) A Árvore dos Desafios, que visava apontar as principais fragilidades da comunidade, provocando a discussão sobre as possíveis estratégias de transformação e o resultado esperado a partir da execução dessas estratégias; c) O Calendário da Comunidade, onde se evidenciou as festividades e as manifestações culturais da Comunidade.





Além das ferramentas de grupos, a comunidade trabalhou a construção coletiva da FOFA, buscando evidenciar as principais fortalezas, as oportunidades, as fraquezas e os desafios encontrados pelo Assentamento Manoel Dias. Além das práticas do diagnóstico, o grupo discutiu ainda como pauta de informe, a liberação do Fomento Mulher e a agenda que vem sendo construída junto ao Bahiater para a série “Diálogos de Ater – Especial Juventudes”, que irá ao ar no próximo dia 12 de agosto.


Para Thais Silva Gomes, jovem fundadora do Grupo Joca Sabores, a atividade realizada pela equipe da FUNDIFRAN “vai trazer muitas coisas boas. Já trouxe e vai trazer mais ainda. Mais conhecimento”.

Noélia Gonçalves de Jesus, que também é membro do Grupo, apontou a importância do trabalho de assistência técnica no assentamento: “para nós está sendo muito importante ter assistência técnica (...) agora a gente está tendo a oportunidade de ter a equipe da FUNDIFRAN”.


Lindaura Pereira, membro do “Joca Sabores” e presidente da Associação, destacou que a atividade foi muito importante para o grupo, “muitíssimo importante mesmo. Por que a gente debateu vários assuntos que às vezes vinha pensando, mas não estava colocando para ser trabalhado. Com esse grupo e com o Projeto ATER Mulher da FUNDIFRAN, a gente viu que desenvolveu outros caminhos e podemos ir bem longe”.

Outro destaque importante lembrado por Lindaura foi a respeito do Fomento Mulher. “Foi uma novidade e tanta. Na verdade pegou a gente de surpresa porque a gente não sabia, mas eu acho que foi um dos passos muito importantes porque é uma renda a mais para as famílias e essa renda ela vem na hora certa que a gente está com o grupo precisando.”

Lívia Oliveira e Natielle de Jesus, jovens estudantes que fazem parte do Grupo, ressaltaram um pouco da história da criação do Joca Sabores, o qual começou com apenas 5 meninas e que hoje já está com 26 integrantes. O grupo foi crescendo, conquistando projetos e espaços e contribuindo assim para a geração de emprego e renda no assentamento.


“O Grupo Joca Sabores na verdade é fruto de uma grande luta que foi desde o início do assentamento. Sempre a gente buscava está reunindo com mulheres e jovens, buscando formas de como a gente poderia trabalhar na comunidade e não ter que sair para outros povoados. Então era um grande sonho que está enraizado. E foi de 2015 a 2017, quando trabalhei como Coordenadora Pedagógica na Escola Manoel Dias, devido aos projetos que a gente desenvolvia, a juventude da comunidade foi chegando a um consenso que nós precisaríamos discutir a questão do meio ambiente, da produção saudável e aí começamos com as meninas”, destacou Isabel de Jesus, assentada e membro fundadora do Grupo.

Fotos: Priscila Santos

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